Fábio Souza

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Por que ele me espera?

Mesmo sem saber a que horas o dono chegará em casa, é normal ver os bichinhos aguardando na porta. Este comportamento pode estar ligado ao sexto sentido apurado dos animais.

Donos de pets são unânimes: nada melhor do que chegar em casa, depois de um longo dia de trabalho, e ser recepcionado pelo animal de estimação, que normalmente está na porta aguardando ansiosamente.
E quem tem um cão ou um gato sabe que esse comportamento é bem comum, ou seja, o pet parece prever a chegada do dono, mesmo sem saber a que horas ele chegará.

A experiência é vivida diariamente pela funcionária pública Fabiana Bertolini, que tem seis cachorras. Ela conta que a yorkshire Carol, de seis anos, dá até pulos no ar pouco antes da dona abrir a porta. “Ela cheira a entrada e começa a correr de um lado para o outro. Minha avó, que mora comigo, sabe que vou aparecer em poucos minutos”, conta.
Outra companheira que espera ansiosamente pela chegada de Fabiana é a vira-lata Chica, de sete anos, que não mora com ela, mas as duas sempre saem para passear aos sábados ou domingos.

 “Não sei como ela sabe que é sábado, mas ela sabe!”, brinca. “Ela fica na janela do apartamento olhando para o portão, esperando meu carro parar. Depois disso vai direto para a porta”, completa.

Sexto sentido

Mas, por que isso acontece? O biólogo inglês Rupert Sheldrake é autor do best-seller Cães Sabem Quando seus Donos Estão Chegando – uma compilação de casos acompanhados pelo cientista – e defende que, muito mais do que nós humanos, os animais dominam e utilizam diariamente o sexto sentido. Para o cientista, os poderes dos animais de estimação são maiores do que a ciência tradicional é capaz de admitir.

Paulo Parreira, professor de Medicina Veterinária da PUCPR concorda, mas com ressalvas. “Ainda não se sabe ao certo como isso funciona – são várias as teorias, que envolvem faro e a audição, por exemplo. O sexto sentido dos animais é mais uma delas”, diz o zootecnista, que é especialista em comportamento animal.

Parreira salienta ainda que é impossível chegar a uma conclusão efetiva, mas os relatos reforçam esta hipótese. “Ouço muitas histórias que nos fazem acreditar que de fato os animais têm um sexto sentido apurado”, acredita. “Existem estudos que mostram que eles são capazes de detectar os primeiros estágios do câncer pelo olfato. Com certeza são muito sensitivos”, afirma o professor.
Apesar dos vários casos apresentados, a teoria de Sheldrake continua desacreditada pela ciência formal. “Como envolve crenças e relatos, é difícil provar. É preciso crer”, observa o docente da PUCPR.

Fonte: Gazeta do Povo

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