Durante entrevista ao jornalista Clayton Burgath,na noite de 8 de abril, após reunião ordinária da Câmara de Vereadores, dois edis, Ricardo Hirt Júnior e André Piskorsz, ao comentarem resultado da votação sobre a continuação, ou não do processo de investigação contra questões apresentadas por um cidadão, sobre o atual poder executivo local. Sendo que em votação, os legisladores apontaram para o arquivamento das denúncias, com votação de 5 x 4.
Porém, o vereador Ricardo Hirt Júnior, um dos que mais cobra transparência e esclarecimento dos fatos que envolvem gestão pública municipal, foi surpreendido com alguns questionamentos efetuados pelo jornalista Clayton Burgath, durante entrevista.
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Muita carne
Em tempos de reflexão, de averiguação, de esclarecimentos, após a questão da cascalheira, na comunidade de Potinga, abordando sobre de quem era a responsabilidade, ou não. Nesse contexto emergiram alguns apontamentos interessantes, curiosos e que merecem reflexão. Ou seria esclarecimento a bem da verdade e da perfeita transparência. Se não vejamos:
De acordo com Nota de Liquidação de Empenho, na prefeitura de Rebouças, datada de 17 de dezembro de 2012, no quesito Material de Consumo, apresenta um rol de mercadorias como:
18 pcts de açúcar 05 kg
20 galões de água 20 lts
11 pcts de arroz 05 kg
35 kg banana caturra
16 kg bife de gado
25 kg bisteca suína de 1ª
24 pcts café em pó torrado
15 kg carne moída de 2ª
08 kg costela bovina
35 kg de coxa de frango
17 cx de creme de leite 200gr
16 pcts trigo 05 kg
06 cx de leite condensado, entre outros.
O total da compra foi de R$ 1.993,85.
Contudo, em data de 21 de dezembro do mesmo ano, ou seja, quatro dias após, o mesmo setor, no mesmo quesito, Material de Consumo teve como valor empeenhado a quantia de R$ 4.695,65 referente à:
26 pcts de 05 kg de açúcar,
18,38 kg de bife de gado,
35 kg de bisteca suína,
43 biscoitos doces,
86 kg de café em pó,
89 kg de carne moída de 2ª,
23 kg de cebola
49 kg de costela bovina
65 kg de coxa/sobrecoxa de frango
26 unid. Extrato de tomate
04 pcts farofa pronta
46 kg de feijão preto
12 cx de leite condensado
19 kg de macarrão
84 unid margarina de 500gr
65 kg carne bovina (músculo)
17 galões de água mineral 20 l, entre outros itens.
Tais materiais de consumo, como se possa pensar, em um primeiro instante, não se referem à secretaria de Educação ou Promoção Social, mas sim da secretaria municipal de Saúde, onde a maior parte das despesas é em medicamentos.
Tais informações instigaram a curiosidade e, na atualidade, segundo a ex-secretária de Saúde (na atualidade) Eva de Jesus Ruppel, a saúde local apenas destina a compra de alimentos para a unidade de saúde do Marmeleiro, por ser uma das mais distantes e comportar maior número de profissionais que lá trabalham. Segundo ela, o gasto mensal aproximando gira em torno de R$450,00/mês.
Assim, em uma rápida soma, nos dois comparativos, entre os principais itens temos, no prazo de uma semana, 320,35 kg de carne, 44 pcts de açúcar, mais de 100 unid de café e, 37 galões de água (740 litros) entre outros.
Não se trata de qualquer outro setor se não, um dos que, salvo engano, menos teria gastos em alimentação. Assim como ficou supreso o vereador Ricardo, ao tomar conhecimento.
Sem dúvida é algo que merece apenas atenção esclarecedora, da parte dos dedicados legisladores, dos quais boa parte já atuava na legislatura anterior. Será que tinham conhecimento pleno de gastos como esses e, por curiosidade, buscaram saber sobre o porquê de compras como essas?
Fonte: www.portalnoticiadaregiao.com.br
