Fábio Souza

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Chuva volumosa pode causar enchentes súbitas no Paraná

A situação, contudo, e mediante projeções numéricas computadorizadas, requer maior atenção para o estado do Paraná.
Os modelos mostram que a chuva tende a cair em grande quantidade, o que pode ser suficiente para que a população sinta os impactos de elevados volumes em uma sequência de pelo menos cinco dias seguidos.
As áreas de instabilidade e logo após o deslocamento de um sistema frontal devem manter o ambiente atmosférico bastante perturbado sobre o território paranaense, onde há projeção de chuva volumosa até domingo (28).
A sequência de cinco dias seguidos de maior instabilidade – caso a previsão se confirme – pode desencadear em um rápido e abrangente aumento do nível dos principais rios, além de alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra.
O histórico de eventos extremos de chuva sobre o estado, sendo o mais recente em junho de 2014, eleva o potencial para transtornos, principalmente com relação às cidades afetadas por enchentes súbitas e de grandes proporções.
Nesse momento há simulação para precipitação acumulada no período entre 150 e 250 milímetros, onde, em áreas do centro-sul do estado pode chover ainda mais.
Todas as áreas do Paraná, incluindo as microrregiões de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Pato Branco, Palmas, Guarapuava, Lapa, Curitiba, Campo Mourão, Cascavel, Assis Chateaubriand, Marechal Cândido Rondon, Pitanga, Laranjeiras do Sul, Umuarama, Maringá, Londrina, Telêmaco Borba, Irati e Ponta Grossa podem receber chuvas contínuas e por vezes, volumosas, nos próximos dias, o que mantém sob alerta as autoridades e a população que reside em áreas com históricos de ocorrências.
No campo da previsão numérica, os modelos globais e nacionais utilizados pelos centros de meteorologia, oscilam a cada rodada, mas são unânimes ao indicar muita chuva ao longo dos próximos sete dias, pelo menos.
As Defesas Civis dos municípios devem promover antecipadamente, medidas de prevenção aos alagamentos, uma vez que é elevada a quantidade de pessoas residentes em áreas com históricos, além de auxiliar também na prevenção de possíveis danos com movimentações de massa (deslizamentos ou desmoronamentos) e as condições de trafegabilidade nas rodovias, principalmente em regiões com pontes sobre os rios.
Os modelos também indicam que pode chover bastante, em média entre 80 e 120 milímetros, em cidades do oeste, meio-oeste, planalto norte e Vale do Itajaí, em Santa Catarina, sul e sudeste de Mato Grosso do Sul e no oeste, centro-oeste e sul de São Paulo.

O modelo norte-americano GFS, em sua atualização, indica a possibilidade de precipitação acumulada acima de 250 milímetros no centro-sul paranaense, regiões de Laranjeiras do Sul, Pitanga e Guarapuava, o que pode resultar em uma elevação nos rios da bacia do rio Iguaçu.
O mesmo modelo projeta valores entre 150 e 200 milímetros sobre municípios do oeste, sudoeste, sul e parte da Região Metropolitana de Curitiba.

A previsão feita pelo modelo brasileiro COSMO é mais agressiva no que tange ao volume e a região de abrangência da chuva volumosa ao longo dos próximos sete dias. Volumes entre 150 e 200 milímetros são previstos sobre boa parte do oeste, sudoeste, centro, sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba.
Volumes pontuais acima de 300 milímetros são indicados para a região de São Mateus do Sul, próximo à divisa com Santa Catarina.
Desta forma, municípios da bacia do rio Negro, sobre o planalto norte catarinense, também poderão registrar sérios transtornos, caso a previsão se concretize.
O modelo COSMO ainda projeta precipitação acima de 100 milímetros e com extremos superiores a 150 milímetros, em grande parte de Santa Catarina, extremos norte e noroeste do Rio Grande do Sul, sul de Mato Grosso do Sul e no sudoeste e sul de São Paulo, região do Vale do Ribeira.

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Os gráficos de meteogramas feitos a partir do modelo GFS mostram que em áreas do Paraná, a chuva prevista ao longo dos próximos sete dias tende a ser muito volumosa, com valores próximos de 300 milímetros na região de Laranjeiras do Sul.

Reitera-se, portanto, diante dos dados projetados, a possibilidade de muita chuva ao longo dos próximos sete dias sobre parte da Região Sul, de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, com destaque para o Paraná.
Cabe ressaltar que na maioria das vezes, avisos meteorológicos emitidos por órgãos oficiais de meteorologia (Cptec/Inpe, Epagri/Ciram, Inmet e Simepar) e alertas da própria Defesa Civil são casualmente ignorados pela mídia, que prefere sempre dar destaque ao após, o ocorrido, o registrado, e não salientar a população para que medidas do antes, do previsto, possam ser tomadas a tempo de evitar danos estruturais e até perdas humanas. Portanto, muita atenção para com os moradores do Paraná nos próximos dias.
 
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Foto celular: Fábio Souza/Manhã de terça - feira
 
Previsão dos próximos dias


(Crédito das imagens: Reprodução/NCEP/NOAA/Inmet/MeteoPt)

(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)



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